terça-feira, 22 de novembro de 2011

Cuidados para a saúde bucal em cada fase da vida






De 0 a 5 anos

Os cuidados devem começar na gravidez. Uma intensa vascularização no corpo inteiro está ocorrendo, portanto a placa bacteriana que talvez não causasse grandes problemas antes da gravidez, pode se tornar mais agressiva com a vascularização bucal aumentada.



As gestantes devem consumir muito cálcio (leite) e fósforo (cereais integrais), para a boa formação da arcada dentária do bebê. Na fase da amamentação, é preciso limpar a gengiva da criança com uma fralda de pano umedecida em água filtrada, três vezes ao dia. Quando surgirem os primeiros dentinhos, eles devem ser limpos com escovinhas próprias para cada idade, também três vezes ao dia.



A amamentação é fundamental para um correto desevolvimento cranio-facial, além de ajudar a respiração adequada: a respiração nasal.



Evite adoçar as mamadeiras com açúcar. Lembre-se que seu bebê não conhece o açúcar e portanto não vai sentir falta do mesmo. O açúcar só vai trazer prejuízos na saúde geral e bucal. Ele torna o meio ácido e portanto, propenso ao desenvolvimento de bactérias.



Não sopre a sopinha nem dê beijinhos na boca do seu bebê. Isto evita a trasmissão de bactérias.




Dica
Use creme dental infantil sem flúor. Ao engolir essa substância, a criança pode sofrer alterações nos dentes permanentes, que estão em formação. A alteração mais comum é a fluorose: um machamento que altera a cor e a estrutura do dente. Lembre-se que já estamos em contato com flúor em demasia. Ensine a criança a cuspir o creme dental.



A água que ingerimos é fluoretada! O que eu acho um absurdo, pois o efeito benéfico do flúor está no contato tópico com os dentes e não ingerindo-o. Mas este assunto fica para um post futuro.



Dos 6 aos 10 anos




Nessa fase, muitas mães erram ao descuidar da higiene dos dentes de leite. Pois saiba que as contaminações bacterianas podem passar para o dente permanente por meio da raiz. Para resolver isso, é preciso fazer um tratamento de canal ou extrair o dente.


A aplicação de flúor tópico e profilaxia profissional devem ser feitas todos os anos. Além de orientações e estabelecimento de rotinas e hábitos de higiene.



É importante que a criança consuma leite e derivados (queijos e iogurtes). Esses alimentos têm cálcio, que é essencial para manter os dentes sadios.



É tempo de agendar um consulta com o ortodontista para checar se está ocorrendo um correto desenvolvimento da maxila e mandíbula, realizar um RX panorâmico e conferir a presença ou não dos dentes permanentes que estão por vir.

Dica
Cuidado com o consumo abusivo de refrigerantes, eles são ácidos e doces: verdadeiros destruidores do esmalte dental. Cuidado com o açúcar! A flora bacteriana bucal está sendo formada e o açúcar é o alimento das bactérias bucais. Não dê comida as bactérias!



Evite deixar seu filho beliscando entre as refeições.



Dos 11 aos 20 anos




Essa é a fase típica dos aparelhos ortodônticos. Os removíveis costumam ser os mais indicados para crianças com dentes de leite. Já o aparelho fixo é mais usado para tratar a dentição permanente. Lembre-se que nesta fase - a adolescência, haverá intensas trocas de fluidos salivares e portanto, de bactérias. Cuide-se!



Por volta dos 18 anos, os dentes do siso podem começar a nascer, causando desconforto ou dor, mesmo quando ainda não saíram da gengiva. É importante procurar um dentista: ele avaliará se vai ter espaço para acomodar esses dentes ou se eles deverão ser extraídos.

Dica
Cuidado com piercing na língua. Ele pode causar alergias, mau hálito, alterações na fala, inflamações e reabsorções ósseas que podem levar à perda dos dentes. Atenção ao uso do fio dental: ele deve ser ser um hábito diário! As infecções gengivais são comuns nesta fase, o uso de fio dental diariamente pode prevenir as tão indesejadas gengivites e mal-hálito. Aliás, o mal hálito pode ser evitado através da escovação ou raspagem da língua diariamente.


Dos 25 aos 45 anos




De cada 4 pessoas com mais de 25 anos, 3 possuem algum tipo de doença da gengiva. Pode ser uma gengivite — que ataca só o tecido mole — ou uma periodontite crônica, em que até o osso é afetado. Na maioria dos casos, não há dor. Porém, se o problema piorar, a pessoa pode perder alguns dentes. Essas doenças preocupam nós dentistas, pois podem causar infecções no coração e até infarto. A placa bacteriana endurecida - o tártaro é a principal causa de tais doenças. Uma raspagem pelo menos uma vez ao ano deve ser realizada preventivamente.



As restaurações que você realizou na infância podem precisar ser substituídas.

Dica
Se, de repente, algum dente ficar sensível a gelados e a doces, significa que sua restauração pode ter infiltração. Vá ao dentista com urgência! Evite as intensas dores causadas pela inflamação da polpa dentária e um tratamento de canal, que seria ao meu ver a "UTI" do seu dente.

Dos 46 aos 59 anos




Nessa idade, é comum que apareçam inflamações nas gengivas, principalmente das mulheres. Isso pode estar relacionado a um desequilíbrio hormonal. Redução do volume da gengiva e sangramento são os principais sintomas.


No filme "O Divã" a personagem de Lílian Cabral faz um observação incrível: "Quando a gente fica velha tudo cai, só a gengiva sobe!" E é verdade. Fisiologicamente, o corpo perde osso e nossos dentes são envoltos por osso, que por sua vez são cobertos pela gengiva.



Quem usa prótese precisa ir ao dentista para avaliar a estabilidade do objeto ou substituir a dentadura ou as próteses. É importante observar a estabilidade das mucosas, feridas que não cicatrizam para evitar câncer bucal.

Dica
Se você tiver muito sangramento na gengiva, troque o fio dental por uma escova interdental ou um pedaço de gase esticada. É melhor para quem tem dentes distantes entre si.

Dos 60 aos 80 anos
Remédios contra ansiedade e contra hipertensão são geralmente utilizados por idosos. Esses medicamentos podem diminuir a produção de saliva, causando secura na boca. Isso dificulta a fixação de próteses e abre portas para a multiplicação de germes. Lembre-se: dentes saudáveis ajudam a comer direito, e uma boa alimentação previne doenças.




Dica
Como a mucosa bucal dos idosos é mais frágil, os bochechos devem ser feitos com anti-sépticos sem álcool. Os hábitos de higiene devem continuar sempre!



Muitas pessoas com problemas na dentadura começam a comer somente alimentos macios, reduzindo a quantidade de proteínas. Isso diminui a imunidade e aumenta a fragilidade da mucosa bucal.

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